E por falar em viagem, o que dizer de Paris? Para mim, Paris sempre foi um sonho. Mesmo sem conhecê-la, as imagens da cidade me fascinavam. Após muito tempo de espera, esse ano finalmente consegui concretizar o meu sonho. Viajei pela primeira vez à Europa e, claro, reservei a maior parte da viagem para conhecer a Cidade Luz. Não preciso dizer que todas as minhas expectativas foram satisfeitas. Não me esqueço do dia em que cheguei a Paris. Deixei as malas no hotel e saí rumo ao Sena. Quando cheguei lá e vi a Pont Neuf, a Catredal de Notre Dame, o Louvre, o rio com os barcos abarrotados de turistas, enfim, todas as imagens que sempre me encantaram, fiquei tonto. Após alguns instantes absorvendo aquele cenário, a ficha caiu: estava em Paris! Parecia uma criança no parque de diversões. Não sabia para onde ir, por onde começar. Queria ver tudo ao mesmo tempo, estar em todos os lugares. Tive que respirar fundo e me recompor para, então, iniciar a árdua tarefa de desbravar a cidade. Essa foi a primeira reação que Paris provocou em mim. De puro encantamento.
E não é por acaso. Paris é uma cidade única. Ela é monumental, com suas largas avenidas, parques, pontes e palácios, simetricamente planejados. Mas ao mesmo tempo é aconchegante, quase provinciana, principalmente em bairros como Montmartre e Quartier Latin, com suas ruelas, ladeiras, praças e jardins. É difícil dizer qual é a melhor atração da cidade. Afinal, são tantos os cartões postais. Poderia citar a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, Notre Dame, Sacre Coeur, o Louvre, entre outros tantos. Mas, para mim, o melhor de Paris é o seu estado de espírito, é o seu charme, que fazem a cidade se destacar entre todas as outras. É o estilo de vida dos parisienses, que contagia até quem está apenas de passagem. Não é à toa que “joie de vivre” é uma expressão francesa. É poder sentar num dos inúmeros cafés e relaxar, vendo o dia passar. É poder andar no “calçadão” do Sena, sem pressa de ter que chegar a algum lugar, apenas para apreciar a paisagem ou para garimpar alguma pérola escondida nas bancas de livros espalhadas pelas margens. É pedir um vinho em algum restaurante de Montmartre e apreciar o trabalho dos artistas de rua. Enfim, acima de qualquer cartão postal, são essas experiências tipicamente parisienses que eu guardarei com mais carinho.
Isso tudo e ainda tem a tal torre...
Bruno Aranha