A instabilidade econômica e política do país latino-americano oferecia terreno fértil para repetidas rebeliões. Os conflitos armados causavam danos a diversas propriedades privadas, entre elas a pastelaria do francês Remontel. O pasteleiro reivindicava ao governo mexicano reparações pelo prejuízo de 60 mil pesos que teve 10 anos antes. Sem sucesso, recorreu ao rei da França, Louis-Philippe, que exigiu pagamento de uma indenização de 600 mil pesos a Remontel. O país europeu já não estava lá muito bem humorado em relação ao México, que não vinha honrando com a dívida de milhões de dólares contraída anteriormente.
A França, então, enviou navios de guerra e ameaçou invadir o México se as suas exigências não fossem atendidas. E não foram. Assim, os franceses bloquearam os portos de Tampico e Veracruz por 8 meses. Os mexicanos, então, passaram a utilizar portos no Texas. A França, irada, enviou uma frota com mais 20 navios para o local, que tempos depois, em 27 de novembro de 1838, atacou a fortaleza de San Juan de Ulúa e a cidade de Veracruz. Três dias depois, dia 30 de novembro, o México declarou guerra à França.
Como o exército mexicano era irrelevante, nunca houve reação e a frança ocupou Veracruz em 5 de dezembro. A paz só foi selada no ano seguinte, mediada pela Grã-Bretanha. O México aceitou pagar os 600 mil pesos ao pasteleiro e a França, então, retirou suas frotas e devolveu os navios mexicanos que havia apreendido. E fim da Guerra dos Pastéis.
