Frisson em Paris: rumo à França

Quase tudo pronto para a partida. O pessoal que vai à França na nossa tão esperada excursão participou da última reunião para acertar os detalhes. A Carol, claro, continua ansiosa e preocupada, torcendo para tudo dar certo. Mesmo sabendo que já fez tudo o que precisava, está até agora pensando se ainda falta alguma coisa.

O resto da galera também tem suas preocupações. A Rosane ainda não está plenamente confiante de que pode levar 64 kg de bagagem. O Edson não vê a hora de jantar na Tour Montparnasse e torce para que a previsão do tempo esteja certinha. A Marina não para de pensar nas compras que vai fazer e a Marília, com seu "diário de bordo", no que vai ou não vai comer por lá.

Enquanto o povo não pega a estrada (até o aeroporto), fica uma crônica para inspiração e a dúvida no ar: a Carol vai ou não vai precisar de um apito durante a viagem? Na reunião teve hora que fez falta. Ah, quem ficou de fora da excursão pode acompanhar por aqui, diariamente, as novidades. Isso vale para pais, mães, irmãos, amigos e até para os invejosos de plantão.

ÇA VA, MONSIEUR...

Romanticamente comovido nos Quais que margeiam o Sena, contemplativamente enlevado nos jardins do Palais du Luxembourg, nostalgicamente perdido nas vielas exitencialistas do Quartier Latin, gulosamente deliciado nos bistrôts do Marais, celestemente maravilhado com a Catedral de Notre-Dame, ricamente adornado nas vitrinas de Champs Élysées, historicamente esclarecido na Esplanade des Invalides, monumentalmente embasbacado no parque do Champs de Mars, eroticamente excitado nos cabarés de Place Pigalle, reverentemente ilustrado ao longo dos corredores do Louvre, patrioticamente exaltado na Place de la Bastille, culturamente entusiasmado nos andares de Beaubourg, alegremente embriagado nas brasseries de Saint-Germain, criativamente eletrizado no Museu Picasso, divinamente hipnotizado pelos vitrais da Sainte Chapelle, artisticamente motivado nas ladeiras de Montmartre, ternamente apaixonado sob as árvores de Place Dauphine, calorosamente iluminado pelas telas impressionistas da Gare d’Orsay. Em Paris, pode-se ficar tudo isso e muito mais.

Foi um pouco assim que fiquei, bobamente enfeitiçado pela simples razão de estar lá, seguindo os passos do Luiz Fernando, traçando meus desenhos pelas ruas, parques e bulevares de uma cidade inesquecívelmente encantada.

Crônica do livro Traçando Paris de Luis Fernando Veríssimo e Joaquim da Fonseca